sábado, 16 de novembro de 2013

Resenha: 1984, George Orwell (DL2013)


Título: 1984
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Página: 416 pags.
Sinopse: 1984 é uma das obras mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Publicado em 1949, quando o ano de 1984 pertencia a um futuro relativamente distante, tem como herói o angustiado Winston Smith, refém de um mundo feito de opressão absoluta. Em Oceânia, ter uma mente livre é considerada crime gravíssimo, pois o Grande irmão (Big Brother), líder simbólico do Partido que controla tudo e todos, "está de olho em você".
No íntimo, porém, Winston se rebela contra sociedade totalitária na qual vive: em seu anseio por verdade e liberdade, ele arrisca a vida ao envolver amorosamente com a colega de trabalho, Júlia, e com uma organização revolucionária secreta. (http://www.skoob.com.br/livro/941-1984)

A leitura do mês não era exatamente essa, mas como estava em mãos antes de alguns dos livros que pretendia ler, acabou, por hora, estabelecendo-se como leitura do mês.
Então, para novembro, o tema era livros que foram banidos, e como a gente sabe quase tudo que possui alguma proibição nos desperta alguma curiosidade, então a quantidade de livros que gostaria de ler para esse mais é quase sem fim.
Bem, vamos então falar de 1984.

Não. Não o período, mas o livro. Embora o período (e na verdade a nossa atual realidade, de uma forma geral) não esteja muito longe da distopia criada pelo Orwell em 1948, quando o livro terminou de ser escrito, sendo lançado em 1949.
É um livro que possui uma atmosfera bem densa realmente, mas tá longe de ser um livro chato, e definitivamente é um livro totalmente recomendado para qualquer um que queira entender ao menos um pouco toda a manipulação a qual estamos constantemente sendo submetidos.

A história retrata a história do personagem Winston Smith, que assim como todos os demais personagens representantes da classe média e classes abaixo, são considerados um ninguém. Na verdade, ele vive como um ninguém, em uma sociedade que vive em constante vigilância sob o escrutínio do Big Brother, a representação do regime totalitário ao qual toda a população da Oceania está submetida. Ninguém nunca viu o Grande Irmão, além dos olhos vigilantes deste, sob a forma das teletelas, em grandes outdoors que se encontram espalhados por todos os cantos.

Um pequeno caderno e uma caneta é tudo o que foi preciso para o desenrolar da história, pois é a partir destes objetos, aparentemente insignificantes, que todos os pensamentos sobre a suposta realidade vigente começa a ser questionada pelo Smith e, a partir daí somos inseridos ao mundo do controle de pensamentoduplipensar, crimideianovalíngua (ou novafala, dependendo da versão que você tenha lido), a contraditória e aparentemente sem sentido forma de governo, onde guerra é paz, liberdade é escravidão e, a ignorância é força. E a verdade, é que encontramos o sentido disso da forma mais desgraçada possível, porque finalmente enxergamos que isso faz muito sentido quando consideramos unicamente as necessidades da minoria dominante.

Mas por que precisamos ser vigiados se, aparentemente, somos ninguém? Somo perigosos, somos perigosos... Esse e outros milhares de questionamentos estimulam o nosso duplipensamento ao longo de todo o livro, que vale muito apena ser lido!

Gostaria muitíssimo de continuar discorrendo sobre o livro, mas acredito que acabaria falando mais do que deveria e, bem, nunca se sabe quando estamos sendo vigiados por uma teletela...


Ainda assim, para que quiser adentrar um pouco mais no assunto, recomendo muito o Nerdcast 229 – Duplipensamentos sobre 1984 (Jovem Nerd), que realmente ficou muito bom, com direito a narração do Guilherme Brigs e tudo. 



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