Autor: George R. R. Martin
Editora: Leya
Páginas: 592
Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei oferecida pelo velho amigo, o rei Robert Baratheon, não desconfia que sua vida está prestes a ruir em sucessivas tragédias. Sabe-se que Lorde Stark aceitou a proposta porque desconfia que o dono anterior do título fora envenenado pela manipuladora rainha - uma cruel mulher do clã Lannister - e sua intenção é proteger o rei. Mas ter como inimigo os Lannister pode ser fatal: a ambição dessa família pelo poder parece não ter limites e o rei corre grande perigo. Agora, sozinho na corte, Eddard percebe que não só o rei está em apuros, mas também ele e toda sua família.
Confesso que estava bem ansiosa por ler esse livro e fico feliz em dizer que não me decepcionei. Ao contrário, terminei-o e continuo em êxtase! Há muito não lia uma série de livros tão longa e, principalmente, que ainda não estivesse terminada. Mas o George R. R. Martin, simplesmente não sossegou ali em minha estante, sussurrando “leia-me”, até que eu finalmente o pegasse e iniciasse a sua leitura.
Antes de começar a ler A Guerra dos Tronos, apesar do indicativo de um bom livro, julguei que seria uma leitura um pouco mais lenta, pela quantidade de personagens envolvidos e tudo o mais, e que surpresa boa não foi ao ver que estava enganada. Claro, não é uma leitura de um dia e, realmente, a quantidade de personagens é infinita, mas a trama é tão bem amarrada e os personagens tão bem escritos que acaba tornando a leitura até bem ágil.
Uma coisa que gostei bastante foi a construção dos capítulos. Cada um deles é contado sob a perspectiva de um dos personagens, que seria algo que poderia tornar a história cansativa, mas que contrariamente, acabou tornando a narrativa muito mais interessante, na verdade. Os personagens são tão bem construídos, que nos deixam ansiosos por conhecê-los e adentrar cada vez mais em seu mundo e dar sequencia a narrativa.
A história é tão bem ambientada, que por mais que você não tenha datas nem nada muito específico disso, você consegue visualizar perfeitamente o período e ambiente, conseguindo vivenciar aquilo ali. O Martin está narrando uma guerra e, como tal, você não tem personagens bons ou maus realmente, já que o bem e o mal, principalmente em uma guerra, acaba dependendo muito mais da perspectiva que está sendo apresentada, quem conta. Além disso, bem e mal é algo que se torna bem vago para tamanha complexidade dos personagens.
Os conflitos tão bem elaborados, um mundo fantástico tão palpavelmente real que você se sente totalmente envolvido na trama.
Enfim, a narrativa e os personagens são incríveis, livro mais que recomendado para os adoradores de literatura fantástica. Comecei a leitura do segundo livro, Fúria dos Reis, que até então continua tão bom quanto o primeiro. Obrigada, George R. R. Martin, pelo presente!
Ah, uma dica muito interessante que tinha ouvido quando me falaram sobre o livro, foi: “não se apegue a ninguém”. Uma dica muito boa realmente, caso não fosse algo tão impossível quando se tem personagens tão fascinantes.
Bem, é isso. E até a próxima!