sábado, 25 de abril de 2015

Discussões, discussões...

Quer fazer uma pessoa mudar totalmente a opinião que ela tem sobre você, e para pior, discorde dela.

E onde está a bizarrice disso? Discordar NÃO é algo negativo e, ainda assim, tratamos como se fosse. São as discordâncias que geram discussões, que movem debates, que permite que as coisas mudem. Discutir não necessariamente vai envolver socos e xingamentos, por mais que as pessoas o considerem dessa forma. Em uma discussão considerada produtiva, as pessoas podem discordar e não há problema nenhum nisso, mas a situação gira em torno do que está em debate e não nas pessoas que estão debatendo.

Seria bom observar que se para provar nosso argumento há a necessidade de partir para ofensas pessoais, de forma a inferiorizar o outro para que o nosso ponto de vista pareça melhor, então o nosso argumento provavelmente não é bom ou então não estamos sabendo argumentar direito.

Mas parece que vivemos hoje em um mundo onde tudo o que fazemos ou pensamos tem que passar pela “aprovação” alheia. É estranho, mas parece que temos vivido em função dos “like” ou “unlike” que recebemos. E um problema sério disso é que as pessoas parecem se sentirem ofendidas simplesmente pelo fato de outros discordarem delas.

A visão das pessoas difere, e é importante que tenhamos contato com opiniões que divirjam das nossas. Caso a gente ouça apenas aquilo que nos convêm, passaremos a vida em um universo paralelo com a falsa sensação de termos sempre razão, mas que destoa totalmente da realidade. É importante que saibamos que opiniões diferentes existem, para que possamos refletir sobre o nosso próprio ponto de vista e, quando necessário, enxerguemos que ele pode ser modificado. E que não há problema nenhum nisso.

É claro, não iremos mudar de opinião simplesmente porque discordam da gente e não queremos ficar sozinhos ou receber “unlike”, mas esse confronto com ideias contrárias deve existir para que passemos a enxergar com mais clareza a situação, se há fundamento no que estamos argumentando, ou se a nossa percepção está pautada apenas por nosso emocional.

E saiba, se você vai emitir uma opinião de forma pública, principalmente se for algo que cabe discussão, há quem vai ter uma visão contrária e vai querer emiti-la também.

No Nerdologia 74: “Coxinhas vs Petralhas”, o Átila fala um pouco sobre a polarização de ideias e acho que se encaixa bem aqui na discussão, então fica a dica aí, até porque o trabalho de divulgação científica que eles fazem é realmente muito bom.

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